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terça-feira, 18 de outubro de 2011

O TRACAJÁ (Podocnemis unifilis)

O gênero Podocnemis abrange atualmente seis espécies, todas sul-americanas: P.expansa, P. unifilis, P. sextuberculata, P. erythrocephala, P. vogli e P. lewyana (Pritchard, 1979).  .
O tracajá é um dos quelônios brasileiros de maior interesse socioeconômico, tendo sido registrado o consumo de ovos e indivíduos desta espécie desde o século XIX.
Entre as populações indígenas, o consumo de tracajá faz parte de sua dieta tradicional. Ao mesmo tempo, é uma espécie que faz parte dos ritos e mitos de muitas etnias indígenas.

Fêmea de tracajá durante postura.

Classificação e descrição do tracajá (fonte ICMBIO/RAN):

Taxonomia:
Filo: Cordados
Sub-Filo: Vertebrados
Super-Classe: Tetrápodos
Classe: Répteis
Sub-Classe: Anapsida
Super-Ordem: Quelônios
Ordem: Pleurodira
Família: Podocnemidae
Gênero: Podocnemis
Espécie: Podocnemis unifilis (Troschel, 1848)

Nome popular: Tracajá

Área de Ocorrência: O tracajá está amplamente distribuído pelos rios das bacias do Orinoco e Amazônica. Sua distribuição abrange as regiões norte e centro-oeste do Brasil, norte da Bolívia, leste da Colômbia, nordeste do Peru, leste do Equador, Venezuela e Guianas. Seu habitat natural é formado por rios que possuem águas escuras com correntes fracas.

Características: É uma espécie de menor porte em relação à tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa), possuindo em torno de 8 kg e até 68 cm de comprimento de carapaça. Apresenta como características anatômicas mais visíveis o casco levemente convexo, com manchas amareladas bem evidentes na parte dorsal da cabeça e nas bordas das placas marginais da carapaça, melhor observadas em filhotes, que desaparecem em fêmeas adultas; a cabeça alongada com focinho proeminente; não possui sulco interorbital; possui um barbelo e quilha medial, acentuada nos filhotes e restrita na região central (2a e 3a vértebras nos adultos).

Status Populacional: O tracajá está classificado como Vulnerável (VU A1acd) na Lista Vermelha da IUCN de 2004 e está listado no Apêndice II da CITES.

Alimentação: Quando adulta, é principalmente herbívora, consumindo 89,5% de sementes, frutos, raízes e, ocasionalmente, insetos, crustáceos e moluscos. De acordo com Terán (1992), os exemplares jovens de tracajá consomem proporcionalmente mais alimentos de origem animal do que os adultos.

Reprodução: A reprodução é anual, a desova e a incubação ocorrem nos meses de junho a outubro, sendo o pico em julho e agosto durante a época de estiagem. Ao contrário das tartarugas, é menos exigente com a qualidade de seu habitat, desovam isoladamente em barrancos, às margens dos rios e lagos, em covas de aproximadamente 30 cm de profundidade e as fêmeas põem em média 20 ovos. Sua maturidade sexual ainda não está definida; supõe-se que seja após os sete anos de idade.

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